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A Nova Aliança em Cristo

Lição 8 – Central Gospel  - A Nova Aliança em Cristo

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Hebreus 8:6-13
                                                                                                                        TEXTO ÁUREO
 “...(pois a lei nenhuma coisa aperfeiçoou),  e desta sorte é introduzida uma nova esperança, pela qual chegamos a Deus. Hebreus 7:19.

OBJETIVOS
·        Saber o Significado da Nova Aliança.
·        Compreender que a Lei e a Graça são encontradas no Novo e no Velho Testamento.
·        Aprender que na Nova Aliança Deus transforma a Lei externa em Vida Interior, através do Espírito Santo.

INTRODUÇÃO
A Bíblia Sagrada nos traz a revelação de Deus que se deu por meio dos dois principais concertos estabelecidos com o homem, Deus por seu amor e misericórdia sempre procurou ajudar o homem, sempre procurou ter um relacionamento com o ser criado à sua imagem e semelhança. ("Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus."  (I Coríntios 2 : 10)). Estes dois pactos são: A Antiga e a Nova Aliança.
            A Antiga Aliança, observada a partir do pentateuco caracteriza-se por seus ensinamentos educativos para o povo de Israel, esta nação precisava estar preparada pois da sua descendência nasceria o Messias, o Salvador, trazendo  a bênção de Deus para todas as famílias da terra.
            O Novo Testamento traduz as interações de Deus com os homens através de dois conceitos opostos e complementares: a Lei e a Graça.

Interações = ações entre Deus e o homem.

                                                                                                                                                                                                              1. LEI E GRAÇA
A graça de Deus não é uma nova revelação, não é um novo jeito de Deus proceder, não é um novo amor de Deus para com a humanidade, a graça é apresentada ao homem desde o Antigo Testamento (Gn.6:8). Do mesmo jeito os atributos éticos e morais da Lei são percebidos no Novo Testamento. Deus é imutável, o que muda é a forma dele agir, Ele age como quer e ninguém pode impedir, às vezes ficamos sem entender o agir de Deus.
Uma coisa é certa, Deus não erra nem se engana, desta forma podemos garantir que a Lei não foi erro corrigido pela graça, a graça não é uma resposta às ditaduras legalistas que não funcionaram na criação.

Graça – Favor Imerecido, concessão de bondade a alguém que não tinha direito.

Preceitos – Mandamentos, Ensinos.

Ditadura - É quando uma única pessoa exerce o poder sobre as demais, impondo sua vontade e exigindo que se obedeça.

 Legalista - Aquele que observa rigorosamente o texto da lei, sem fazer nenhuma interpretação jurídica, mas tão-somente gramatical, sem atender à intenção e ao espírito do legislador.

1.1. Conceito de Lei no  contexto bíblico
O que você entende por Lei?
Conjunto de preceitos normativos que adequam e corrigem as relações entre seres humanos.
Podemos dizer que só obedecemos a Lei de Deus?
Deus desenvolveu exclusivamente um código legal, a Lei (Torah) para proteger suas relações sociais e acima de tudo mantê-lo limpo e incontaminado pois por meio deste povo viria o Messias.

1.2. Conceito de Graça no contexto bíblico
Graça – Vem do termo latino gratia.
Gratia – Deriva do substantivo grego charis, significa: favor imerecido, benevolência ou favor para alguém que não mereça.
Deus te chamou, te escolheu, não porque você possui ou é capaz de fazer algo excelente, não porque exista algo que só você pode fazer, não por ser alguém com ótimas condições financeiras, não por ter um amplo conhecimento, Ele te escolheu porque você carece da misericórdia e perdão de Deus para ser salvo. (Ef.2:1-9) Estávamos mortos em ofensas e pecados, Cristo nos vivificou. (Ef.2:8) “Pela graça sois salvos, por meio da fé, isto não vem de vós, é dom de Deus.
Biblicamente, graça é o dom gratuito de Deus em favor dos homens, pecadores.

2. A LEI E A GRAÇA NO ANTIGO E NO NOVO TESTAMENTO
Lei – Ensinou Israel como ser e agir em relação a Deus, à criação e ao próximo.
Graça – Revela como Deus age em relação ao homem, a graça de Deus em nossas vidas não tem como ser medida nem avaliada em razão da sua grandeza e importância, somos constrangidos a agirmos misericordiosamente em relação aos nossos semelhantes, passamos a parecer e agir como Jesus, sempre amando e perdoando.

2.1. Pontos a serem considerados quando se estuda o binômio “Lei / Graça”.
O conjunto de preceitos da Lei (Torah) referentes à:

1.     Moral e Ética, valores e princípio de conduta – Se aplica a todos os povos em todas as épocas.

2.     Formação histórica, política, cultural e religiosa – diz respeito somente ao povo de Israel, foi constituído historicamente dentro de uma faixa geográfica com cultura e expressões religiosas exclusivas.

Binômio  -  Dois elementos, ideias, conceitos, cuja junção representa possibilidade harmoniosa em verdade.

2.2. A Graça no Antigo Testamento.
O Antigo Testamento considerado como o Grande Tratado da Lei de Deus, também revela, de forma clara, a manifestação da graça divina, como veremos a seguir:

·        A CRIAÇÃO – tudo que existe é favor imerecido, até a nossa vida.
·        Aos Personagens do AT – Adão, Eva, Noé, Abraão, Moisés, Davi, Josué, e vários outros, Deus derramou sua infinita misericórdia, personagens cheios de defeitos e erros, não mereciam, não tinham méritos, foram alcançados pela graça de Deus.
·        Israel ao Deixar o Egito – Vale destacar a Graça de Deus em ação no ato de Libertação do povo que estava escravizado, e durante a caminhada no deserto, em direção à Terra Prometida, mesmo o povo se rebelando contra Deus em várias oportunidades, como no episódio em que fizeram um bezerro de ouro, Deus continuou protegendo, guiando e guardando aquele povo.

2.3. A Lei no Novo Testamento.
O Novo Testamento é considerado como o Grande Tratado da Graça de Deus, a Lei que impera no NT é o amor, resumindo-se em dois mandamentos, amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo (Mc 12:30-31, Rm.13:8-10). Quem ama cumpre a Lei, quem ama não faz mal ao próximo, não mata, não furta, não dá falso testemunho, não cobiça.  à O cumprimento da Lei é o amor.

3. O SERMÃO DO MONTE
A mentalidade judaica foi formada, durante milênios, na Lei e nos Profetas, A partir de Jesus esta mentalidade foi aprimorada, através da graça de Deus, o Mestre propôs um modelo de interação mais intenso e verdadeiro entre Deus e o homem.
Para comparar a Antiga Aliança com a Nova o Mestre utilizou especialmente duas frases: ouviste o que foi dito, Eu porém vos digo. Mt.5:21,22,27,28,31,32,33,34,38,39,43,44.
Ouviste o que foi dito
Eu porém vos digo
Resultado ao desobediente
Não matarás
Qualquer que se encolerizar
Réu de Juízo
Não cometerás adultério
Qualquer que cobiçar uma mulher
Já adulterou
Quem deixar sua mulher dê carta de desquite
Se não for por causa de prostituição, faz com que a mulher cometa adultério.
Quem casar com esta mulher, está adulterando
Quem não cumprir os juramentos
Não jureis, nem pelos céus
Não jureis, seu falar seja: sim, sim e não, não.
Olho por olho e dente por dente
Não resistais ao mal. Faz o bem.

Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo
Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem.


3.1. As bem-aventuranças e os seus significados
O Sermão do Monte constitui-se na essência da Nova Aliança, as bem aventuranças assinalam pressupostos que se aplicam a todos os homens em todos os tempos.
·        Não devemos ser mercantilistas do Reino de Deus – Só fazer algo, esperando receber de Deus ou dos homens algum tipo de recompensa.  "Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai."  (Mateus 10 : 8)
·        A vida espiritual não se desenvolve a partir de exteriorizações dogmáticas, mas de um viver ético e moral, condizente com os ensinos de Jesus.
Dogma – é uma crença ou doutrina estabelecida de uma religião, ideologia ou qualquer tipo de organização, considerada um ponto fundamental e indiscutível de uma crença.

3.2. A superioridade da Nova Aliança
Romanos 7:3:  Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne;
A Lei estava enferma pela carne, o homem não conseguia cumprir todas as exigências da Lei, o homem seria culpado, seria condenado.

Vem agora o cumprimento da profecia em Jeremias 31:33 que diz: Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o SENHOR: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo.

O Senhor transforma a Lei externa em vida interior, purificando e renovando o coração do homem através da ação do Espírito Santo. A Lei agora está gravada no coração, possibilitando o homem não apenas a amar ao Senhor com todas as suas forças, mas também a interpretar e expressar este amor com inteligência, através de um viver santo.

CONCLUSÃO
A distinção entre Antiga e Nova Aliança fundamenta-se no caráter de seus mediadores:
Antiga Aliança – Lei e Profetas,
Nova Aliança – Cristo, único mediador entre Deus e os homens  (I Tm.2:05  Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem).
                

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